Continuamos a receber notícias desagradáveis, verdadeiras machadadas, em comunicados periódicos. O que há duas semanas nos parecia uma situação absolutamente impensável, hoje, comparada com o panorama actual, é quase agradável.
Quem já acompanhou um doente terminal conhece esta sensação. Um dia, a pessoa está magra, debilitada, com pouca energia. O pior é que, no dia seguinte, o estado do dia anterior até era bom. O mesmo se passa com o nosso país: a notícia que há uns dias nos parecia aviltante hoje parece-nos “quase boa”, comparada com a situação que temos no momento.
Que triste constatarmos que à economia se adequa a imagem de um doente terminal. Mais: este governo nem sequer lhe oferece cuidado paliativo, preferindo asfixiá-la de uma vez com o Orçamento de Estado para o próximo ano. Apresentado há dias pelo governo, diminui os escalões de IRS de oito para cinco; em vez de escalonar e distribuir de forma equilibrada e equitativa os esforços de todos os portugueses, junta-os em menos categorias, aumentando as contribuições de quem pagava menos. A minha indignação aumenta ao constatar que o grosso dos nossos impostos se destina às Finanças, nomeadamente ao pagamento de juros da dívida. Pagar impostos para custear a saúde, a educação e a justiça? Aceito; aliás, é esse o princípio do Estado Social. Mas juros?
Perante esta situação de asfixia e de uma sensação de injustiça e impunidade, os exemplos que vemos dos nossos líderes não inspiram confiança. Por um lado, a falta de consenso na coligação que elegemos e nos governa. Por outro, os comentários de que aqui falei na semana passada, da parte da liderança do grupo parlamentar do PS, sobre as marcas de carros aceitáveis ou não para um líder; ficámos a saber que um Audi não é tão adequado quanto um BMW – ou seria ao contrário? A reacção natural é de fúria: e utilizar os transportes públicos? Afinal de contas, nesse sector até predominam os Mercedes.
Na minha opinião falta, para além de boas ideias, sentir que todos, líderes e liderados, partilhamos sacrifícios de forma justa e equilibrada. Apesar de sabermos que não são os carros do grupo parlamentar do PS que vão sanar a dívida, queremos sentir que quem está na cúspide nos dá bons exemplos. Queremos sentir que os nossos líderes, democraticamente eleitos, cumprem o que prometeram aos seus eleitores; queremos vê-los actuar com correcção, transparência e rigor. Queremos que nos inspirem e nos dêem um objectivo comum, um país com alternativas, para nós e para os nossos filhos.
*Ver a excelente aplicação criada por Nuno Moniz, economista.
(Texto: Ana Isabel Ramos)
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