Estive no Porto à procura do velho Bolhão, do mercado das peixeiras de “pêlo na venta”, de punho forte, de voz aguda.
Só quando saí da Rua de Santa Catarina é que me apercebi de que ali era o Bolhão. Imaginava-o maior.
Entrei levada pelo cheiro das flores, do peixe, das especiarias e acolhida por uma Santa alumiada por velas num pequeno altar. Era já fim de tarde e pouca gente parava por ali.
Apenas quem vende, apenas quem espera a hora de fechar com uma revista entre mãos para entreter.
Passeei-me por ali um pouco, pelas pequenas ruas do mercado, estreitadas pelas caixas de madeira da fruta e de esferovite do peixe. E pouca ou nenhuma gente.
Apenas pessoas de partida.
O Bolhão tem anos, anos em cima, de história, de estórias. O Bolhão é velho, está velho, mas isso não choca, o tempo passa e deixa sempre as suas marcas, vinca percursos.
O Bulhão está esquecido, abandonado, está triste e nem as vozes das doces peixeiras se conseguem sobrepor a isso.
O ícone da vida portuense escurece e parte-se a cada dia que passa. Os andaimes que o sustêm servem-lhe de exo-esqueleto, de reforço exposto, uma espécie de ferida a céu aberto para toda a gente ver.
Saí do Bolhão com um sentimento de ausência. Apeteceu-me chorar pelo Bolhão.
Desejo muito que o Bolhão se salve…
… agora tenho de ir, é hora de fecho.
(Texto e imagens: Raquel Félix/ Portugalize.Me)
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