Partilho convosco a alegria de um convite muito especial da editora Foge Comigo. Faço-o em tom de agradecimento e de quase homenagem ao trabalho que esta brava gente tem vindo a desenvolver.
Recebi há dias um email da Ivete Neto que me escrevia lá do interior (daquela parte do país que por vezes parece estar mais longe que Madrid, que Londres, que Paris… que existe por cá mas que muito se esquece, muitos esquecem). Escrevia-me ela a dizer que gostaria de poder falar comigo sobre uma possível colaboração com a Foge Comigo na área editorial. Acrescentava ela muito simpaticamente: “Seguimos habitualmente o seu blog e gostamos particularmente das suas abordagens aos vários assuntos.”
Falei com ela, agradeci o que poderia ser o início da minha fuga – imagino-me muitas vezes a desistir de uma parte do meu tudo, tal como Bruce Chatwin fez ao deixar parte do seu tudo escrevendo uma curta mensagem de aviso: “Fui para a Patagónia.“.
Eu escreverei: “Fui Portugal adentro“.
Imagino algo assim…
Meus caros, minhas caras, neste momento estou a ir Portugal adentro… a pé, de comboio, à boleia ou até mesmo de burro como quando ía com a minha avó para a Ramalhosa fazer a rega da terra. Sei que irei bater a quantas portas possa, irei pedir pão e vinho, um pouco de chouriça (porque quem me conhece sabe que sem ela a vida é menos saborosa) e uma cama bem quentinha para amainar o cansaço da correria do dia, da correria da noite porque dia e noite têm histórias diferentes para contar.
Irei ouvir calmante o Cante da Terra e também o Cante dos homens e das mulheres que cedo se levantam para lidar com o que a natureza lhes dá. Talvez ordenhe uma vaca, duas vacas, talvez volte a vindimar e a pisar as uvas no lagar. Quero certamente correr pelas margens de um rio selvagem. Haverão rios selvagens em Portugal? Se não houver invento um em papel (a escrita dá-nos essa liberdade).
Nunca aprendi a amassar o pão… talvez procure esse engenho, essa arte ou outras artes escondidas, em vias de extinção. Portugal será um lés a lés, uma viagem de circunavegação, um norte, um sul, um tudo. Um novo tudo. Estarei sempre por perto porque Portugal tem destas vantagens, ser-se pequeno sendo-se grande.
Que outos países têm a dimensão do nosso? Variedade, riqueza que me deixam extasiada, admirada!
É por isso que quero ir Portugal adentro, para agarrar esta dimensão antes que ela comece a diminuir por falta de atenção!
(Texto e imagens: Raquel Félix – Portugalize.Me)
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