A Maria Zimbro é uma personagem que vive na Covilhã e tem uma loja com o seu nome, uma loja que também funciona como impulsionadora cultural da zona da Beira Interior. Por trás da Maria, as irmãs Ana e Elisa Bogalheiro tomam conta dos assuntos do dia-a-dia, desde atender a freguesia, escolher as colecções que lá mostram, fazer curadoria de exposições em vários espaços da região e até produzir curtas e não-tão-curtas metragens.
A Maria é um mundo por descobrir, com embaixada numa loja linda, situada no edifício do Teatro Municipal da Covilhã. Visitei-a na semana passada, num daqueles dias azuis da serra, brilhantes. Lá na loja estava a Ana, uma das irmãs fundadoras e dinamizadoras deste projecto. A Elisa, irmã da Ana, chegou pouco depois.
Conheci a Elisa há uns anos, no Panamá. Uma daquelas coincidências da vida real que, contadas, até parecem fabricadas. O pai das duas irmãs é de uma aldeia vizinha da do meu pai, e foi noutro continente que nos fomos conhecer.
Entretanto cada uma regressou a Portugal, e as irmãs Bogalheiro lançaram mãos à obra e abriram a Maria em Dezembro de 2012, quando toda a gente lhes dizia que eram loucas, que a crise isto e aquilo, ainda por cima abrir uma loja na Covilhã, quando em Lisboa teriam muito mais hipóteses. Felizmente fizeram orelhas moucas! E hoje, treze meses mais tarde, dão a conhecer ao público os produtos de muitos artesãos da região, muitos deles feitos com materiais e técnicas locais. Ainda encontram tempo para organizar exposições e dinamizar vários projectos culturais.
No andar de cima da Maria Zimbro existe um mezanino onde expõem pintores locais. Ao lado, a mesa de trabalho, rodeada de cadeiras, onde nascem os vários projectos, entre eles os filmes que Ramón, marido da Elisa, realiza.
Quando lá fui, estava desejosa de ouvir a Elisa falar do que se faz no interior do país e das vantagens de estar fora dos principais centros urbanos. Contava-me, quase admirada, que ali tinha reunido uma equipa internacional para musicar uma das curtas que tinham no forno; entre compositor, orquestra e sonoplastia, tinha uma equipa de 150 pessoas a trabalhar no projecto. E dizia-me: seria assim tão evidente juntar tal grupo se estivesse em Lisboa ou no Porto? Na Covilhã, onde há menos gente – mas nem por isso menos talentosa – reuniu uma equipa que não sonharia conseguir juntar noutro lado.
Mas provavelmente um dos maiores impactos da Maria é o movimento que têm gerado na rua e o contacto com a comunidade. À porta têm uma ardósia com mensagens diárias em verso, e não são poucos os que lá lhes deixam respostas, também em verso. Outros entram, como a senhora que lhes agradeceu as palavras diárias com um ramo de zimbro com vinte anos.
Por todas estas razões vale a pena visitar a Maria na próxima visita à Covilhã, porque às irmãs Bogalheiro não faltam histórias que contar. Enquanto lá não vamos, sigam a sua página do facebook aqui.
(Texto e imagem: Ana Isabel Ramos)
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