A riqueza das nossas aromáticas

7 Janeiro, 2014 — 6 Comments

Portugalize.Me_Erva uma vez

Era uma vez, numa noite fria e chuvosa (daquelas em que os amigos se reúnem à volta de uma mesa para celebrar uma data pomposa), duas amigas de longa data, a Ana e a Raquel. A Ana sempre foi muito amiga dos tachos, tal como a Raquel, que desde pequenina desejava que lhe oferecessem panelas ou artefactos de cozinha, mesmo que fossem só de brincar. Para celebrar tão merecida data, a Ana ofereceu à Raquel, não panelas mas, um livro. Um livro com um título curioso, diferente que começava assim: Erva uma vez…

Erva uma vez… um país, Portugal. Lugar onde a abundância e a variedade contradizem as suas pequenas dimensões. Diz-se que é um país pobre mas, a descoberta das suas riquezas vai levantando o véu que o encobre… porque é o desconhecimento de si que lhe dá uma dimensão mais pequena e mais pobre. O livro Erva uma vez… deu à Raquel a confirmação de uma desconfiança antiga, de que Portugal sempre foi uma espécie de cantinho das plantas aromáticas e medicinais, tal e qual o Cantinho das Aromáticas criado pelo Luís Alves, mas de maior dimensão.

De há uns anos para cá, Portugal descobridor, viu-se (re)descoberto. Pelos de cá e também pelos de fora. O Luís Alves que, meticulosamente plantou 150 espécies da flora mediterrânica, veio mostrar e reforçar a diversidade aromática do nosso país. Ela sempre existiu. Durante anos e anos os nossos ancestrais usaram as ervas para fins culinários ou medicinais, aliás, a riqueza das cozinhas regionais é voz disso mesmo mas, apesar de sabermos tudo isto, de reafirmarmos e juramos a “pés juntos” de que a nossa riqueza existe, parece que a mesma andou perdida e mal amada durante largos anos.

A classificação da dieta mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade (da qual Portugal faz parte), trouxe mais amor ao que comemos, mas não significou apenas elevar o bacalhau à Zé do pipo e o coelho à caçador a um patamar de importância único. O que comemos não é meritório deste reconhecimento por si só, a coisa é muito mais ampla e abrangente. O vasto espectro da nossa gastronomia passa também pela forma como comemos, confeccionamos, cultivamos os nossos alimentos e todas as “estórias” que os envolvem. Tomemos como exemplo o alecrim, para além de ser uma excelente aromática para usar em pratos de peixe ou caça, a sua presença protege os que a cultivam de “maus olhados”.

A nossa riqueza existe, sempre existiu, temos de lhe dar mais “existência”.

(Texto: Raquel Félix/ Portugalize.Me)

6 responses para A riqueza das nossas aromáticas

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