“- No me gusta la palabra emigrante!…
– Porquê? – Pergunto.
– No lo se.
Mas eu sei, Mari, porque não gostas da palavra emigrante. Porque dizes que nunca esquecerás a tua língua, mesmo quando acrescentas que a Espanha só voltarás de férias. E porque te brilham os olhos quando eu falo do teu país e do meu amor por ele.
Eu sei.
De cada vez que parto só, para um longa viagem, sinto crescer a espinhosa flor da revolta. Partir com alguém ainda é continuar o mundo. Das palavras e dos gestos, da expressão e do contorno familiar. Partir só é a dilaceração. (O emigrante, mesmo quando parte com a família, ou projecta chamar mais tarde a família para junto dele, sabe que alguma coisa se quebrou no Mundo…). Eu partira só, naquela noite fresca e indefinida. E, no meio do silêncio das buzinas e dos apitos, do abalar das máquinas e das vozes alheias no compartimento próximo, senti por um momento, como o emigrante, o desencanto de todos os projectos.
O silêncio dos projectos.”
in Cartas do meu Magrebe de Ernesto de Sousa (Tinta da China)
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