Acaba de ser revelado que os Buraka Som Sistema vão lançar mundialmente o mais recente disco “Buraka“, com o carimbo da casa mãe da Universal Music.
Sim, aquele gigante que mora lá do outro lado do Atlântico.
Isto é um grande feito para os Buraka e também um pouco para as cores nacionais. Assim de cabeça, e com a ajuda de uma pesquisa no Google, não me lembro de outro artista português ter assinado com o quartel central de uma major – mas estou aqui para ser corrigida, por isso quem quiser que nos ilumine com a verdade nos comentários.
Antecipo que isto quer dizer que, quando chegar a altura do lançamento (no início de Setembro), a Universal faça o mesmo tipo de promoção que faz a outros artistas. Ou seja, teremos os Buraka nos media da especialidade norte-americanos e britânicos que são, no fundo, os que interessam. É verdade que o grupo português, mesmo sem ter qualquer contrato com uma editora estrangeira, já conseguia ter uma presença regular na imprensa europeia. Isto fruto de um trabalho de promoção exemplar, sempre com os olhos postos no melhor que se faz lá fora e, lamento dizer, a anos de luz do que muitos artistas portugueses fazem.
Claro que ajuda terem uma sonoridade única e na vanguarda no que toca à electrónica com cunho étnico (desculpem-me se não gostam do termo, mas não encontro melhor). Tenho a certeza que, se os Buraka quiserem claro, veremos em breve um nome grande da pop a trabalhar com os portugueses (M.I.A. e Santigold já os conhecem).
Até porque quem vê Blaya em palco (e já via a Pongo Love antes dela) fica a pensar que a Miley Cyrus e o seu twerking são coisas para meninas.
(Texto: Rita Tristany Barregão para o Portugalize.Me/ Imagem: BSS)
