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“É tão grande o Alentejo, tanta terra abandonada…”, diz-se assim num dos muitos Cantes Alentejanos.

Do que me recordo da escola primária, e já lá vão três décadas, o Alentejo era ensinado como sendo o celeiro de Portugal dada a importância da cultura cerealífera de sequeiro. Nos dias que correm, o Alentejo é outro, nele podemos encontrar diversidade, imensa riqueza. Se no coração das gentes do Alentejo sempre houve uma certa desconfiança quanto ao potencial desta região, muito tido como desértico, pobre e seco, o tempo tem-lhe vindo a ditar novas sentenças.

Descobriu-se um diamante em bruto que tem vindo a ser lapidado. A diversidade do Alentejo é ampla, desde a sua biodiversidade à riqueza cultural, histórica, gastronómica, passando pela excelência dos seus vinhos, dos azeites, da cortiça, da pecuária, do seu céu nocturno (classificado como único no mundo), o Alentejo tem mais do que razões para “andar espantado de existir”!

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O Alentejo não pára de surpreender, de se redescobrir. Ele mostra-se, sem vergonha, ele consegue falar bem de si. O mundo consegue ver o Alentejo e chegar até ele, é impressionante a quantidade de pessoas das mais diversas nacionalidades que se encontram nos lugares mais recônditos do Alentejo (russos, japoneses, chineses, franceses, holandeses, espanhóis, ingleses, americanos, italianos, alemães, brasileiros…).

O Alentejo é diverso, rico, não é pobre. O Alentejo tem o maior lago artificial da Europa, não é seco. O Alentejo tem gentes, dali e acolá, não é desértico.

Rumo a Lisboa espantada pela forma como esta região tem vindo a conseguir reinventar-se! O Alentejo tem mais do que razões para “andar espantado de existir”!

(Texto e imagens: Raquel Félix – Portugalize.Me)